quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A conquista de Ceuta.


Assinada a paz com Castela, em 1411, D. João I procurou resolver os problemas do reino que estava pobre.
As conquistas no Norte de África surgiram como uma solução: agradavam à nobreza que procura a guerra como forma de obter honra, glória, novos cargos e títulos; agradavam ao clero pois era uma forma de combater os Mouros, inimigos da religião cristã; agradavam à burguesia pois assim poderia controlar a entrada do Mar Mediterrâneo e o comércio de escravos, ouro, especiarias e cereais.

Assim, em 1415, uma poderosa armada preparada por D. João I tomou a cidade de Ceuta: 33 galés, 27 tirrenas, 32 birmanes e 120 outros barcos, onde se amontoaram 50 mil soldados - todos "cruzados" (ou seja, com cruzes de tecido coladas aos uniformes, já que partiam para uma guerra santa).
O comando da armada foi entregue aos filhos do rei D. João I, entre os quais o infante D. Henrique. Na manhã de 14 de Agosto de 1415, com Ceuta desprotegida - por um inexplicável desleixo do soberano Sala-bin-Sala -, os lusos invadiram a cidade como uma horda de bárbaros. Mataram milhares de mouros, saqueando tudo o que podiam encontrar, destruindo lojas, bazares, mesquitas e o palácio do governante. Depois de dez horas de batalha desigual, contra adversários desarmados, os portugueses tornaram-se senhores de Ceuta.

Contudo, os Mouros desviaram as rotas comerciais para outras cidades do Norte de África. Ceuta tornou-se uma cidade cristã isolada e constantemente atacada.
Os Portugueses iniciam então as viagens por mar na esperança de chegar ao local de origem do ouro e das especiarias.
A História dos Descobrimentos começa com a tomada de Ceuta.

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