quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os Impérios ibéricos na 2ª metade do séc:XVI

O apogeu do império Espanhol


Em contraste com a situação de Portugal,a Espanha tornou-se,na segunda metade do séc:XVI,a maior potência Europeia.
O rei Filipe II sobira ao trono de Espanha em 1556,herdando simultaneamente
outros importantes territórios Europeus(os Países Baixos,o reino de Nápoles),
a que juntaria,em 1580.
Passou, assim,a dominar um imenso império marítimo colonial.Somando aos territórios da América Espanhola as prossessões ultramarinas portuguesas,Filipe II podia,de facto,dizer que o sol nunca se punha nos seus domínios.A Espanha não só controlava todas as rotas do comércio colonial como recebia das minas da América quantidades fabulosas de metais preciosos,sobretudo prata.
Toda esta riqueza se reflectiu no brilho das artes, no fausto da corte e no poderio militar.O sec:XVI foi el siglo de oro da Espanha.
No auge do poder, filipe II tentou impor, na Europa, a hegemonia espanhola e a supremacia do catolicismo.
Não conseguiu, porém, evitar a independência dos Países Baixos, nem dominar, como pretendia, a Inglaterra.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Origens do Renascimento

Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo,o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio.Ao teocentrismo medieval sucedia uma nova visão antropocêntrica.Na Grécia e na Roma antigas,os artistas e os pensadores tinham já centrado o seu interesse no conhecimento do homem.Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa a partir dos finais da idade média,ao mesmo tempo que se intensificavam a atracção pela cultura clássica (ou a cultura greco-romana).E a este renascer da cultura clássica,sobretudo nos séculos XV e XVI,que explica a designação do Renascimento.A Itália,berço da humanidade O Renascimento foi um vasto movimento de renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade. Começou na Itália e difundiu-se, depois, progressivamente, por toda a Europa.Mas porquê na Itália?Porque a Itália reunia, no séc XV, condições que favoreceram o desenvolvimento cultural:.Muitas cidades Italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando os escritores e os artistas..A Itália era constituída por vários pequenos estados. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres..Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais estudavam e, muitas vezes, reeditavam.A difusão do Renascimento A partir da Itália,o movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa,sobretudo ás ricas cidades da Flandres,á Inglaterra,á França,á Alemanha e á Espanha.Em Portugal,foram as condições económicas resultantes da expansão,em especial nos reinados de D.Manuel I e de D.João III,que permitiriam que o país acompanhasse a Europa nesse movimento de renovação cultural.

A Crise Religiosa: A Reforma Protestante


A Crise Religiosa: A Reforma Protestante
Até ao século XVI, a Igreja Católica dominava por completo a sociedade europeia. Muitos membros do alto clero viviam no luxo e na opulência em contraste com o ideal de pobreza pregado por algumas ordens religiosas. A corrupção e a imoralidade eram frequentes entre os clérigos . Alguns humanista cristãos, como Erasmo de Roterdão, apelaram para uma profunda reforma da Igreja, que moralizasse a vida eclesiástica e reconduzisse o Cristianismo à sua pureza original. No entanto, os papas não se mostravam dispostos a aceitar as críticas.A rebelião de Martinho Lutero Em 1513, o papa Leão X enviou pregadores a muitos lugares, pedindo aos fiéis que contribuíssem com o dinheiro para as obras da Basílica de S. Pedro. Em troca dessa esmola, o Papa concedia-lhe uma bula de indulgências, isto é, um documento em que declarava o perdão das almas do purgatório em favor de quem fosse dada a esmola.Em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão, tomou uma posição pública contra a doutrina em que se baseavam as indulgências, numa proclamação conhecida como as Noventa e Cinco Teses. Acabaria por ser excomungado pelo Papa e só a protecção de alguns príncipes alemães impediu que fosse condenado à morte na fogueira.O reformismo protestante Mais tarde, Lutero estendeu as suas críticas à doutrina da Igreja Católica. Esta ensinava que o Homem só poderia alcançar a salvação eterna através da prática de boas obras e da mediação do clero. Para Lutero, no entanto, o fundamental era a fé .O homem salvava-se se tivesse fé, isto é, se acreditasse em Cristo e na sua palavra. Para isso, Lutero traduziu a Bíblia para alemão, de forma que cada crente a pudesse ler e interpretar livremente, sem precisar de ter o clero como intermediário.O culto devia limitar-se à leitura da Bíblia e ao cântico de hinos. Lutero reduziu os sacramentos, mantendo apenas o baptismo e a comunhão e aboliu o culto dos santos e da Virgem Maria. Defendeu a extinção das ordens monásticas, do celibato eclesiástico e estabeleceu que a igreja não deveria possuir propriedades. Isto levou muitos príncipes alemães a apoiar o luteranismo, seduzidos pela possibilidade de se apropriarem dos bens da Igreja Católica.As ideias reformistas de Martinho Lutero deram início à Reforma Protestante.










Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo,o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio.Ao teocentrismo medieval sucedia uma nova visão antropocêntrica.
Na Grécia e na Roma antigas,os artistas e os pensadores tinham já centrado o seu interesse no conhecimento do homem.Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa a partir dos finais da idade média,ao mesmo tempo que se intensificavam a atracção pela cultura clássica (ou a cultura greco-romana).
E a este renascer da cultura clássica,sobretudo nos séculos XV e XVI,que explica a designação do Renascimento.


A Itália,berço da humanidade

O Renascimento foi um vasto movimento de renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade. Começou na Itália e difundiu-se, depois, progressivamente, por toda a Europa.Mas porquê na Itália?
Porque a Itália reunia, no séc XV, condições que favoreceram o desenvolvimento cultural:
.Muitas cidades Italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando os escritores e os artistas.
.A Itália era constituída por vários pequenos estados. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres.
.Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais estudavam e, muitas vezes, reeditavam.

A difusão do Renascimento

A partir da Itália,o movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa,sobretudo ás ricas cidades da Flandres,á Inglaterra,á França,á Alemanha e á Espanha.
Em Portugal,foram as condições económicas resultantes da expansão,em especial nos reinados de D.Manuel I e de D.João III,que permitiriam que o país acompanhasse a Europa nesse movimento de renovação cultural.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O apogeu e consequências da expansão portuguesa


O apogeu e consequências da expansão portuguesa Damião de Góis viveu no período de apogeu da expansão portuguesa. Foi, de facto, durante os primeiros anos do reinado de D.João III que o império ultramarino português atingiu a sue máxima extensão: desde o Brasil, cuja colonização já se iniciara, passando por Marrocos e por África, onde os contactos com o reino do Gongo prosseguiam a bom ritmo e permitiam até um primeiro embrião de cristandade local, até à Índia, para onde a coroa ainda canalizava a maior parte dos seus recursos. Aqui os portugueses já haviam atingido as Molucas e posteriormente o Japão.
As consequências de tal amplitude geográfica, onde os portugueses dispersavam os seus recursos, não deixaram de se fazer sentir. Vários relembravam que Portugal permanecia um país pequeno e empobrecido, apesar das imensas riquezas que aqui afluíam.
Uma das consequências negativas era a tendência para o luxo desmedido, a ostentação e a ociosidade, visível sobretudo em Lisboa, que causava o espanto e admiração de muitos, mas eram motivo de pessimismo por parte dos mais lúcidos e avisados. Um dos aspectos mais visíveis desse luxo era o número exagerado de escravos que todos tentavam possuir, muito para além das necessidades de cada um.
Um humanista flamengo Clenardo, que foi amigo pessoal de Damião de Góis, escreveu acerca deste assunto: " Não falta que fazer cada um (escravo) , embora todos levam uma vida regalada; dois caminho adiante; o terceiro leva o chapéu; o quarto, o capote (...); o quinto pega na rédea da cavalgadura; o sexto vai ao estribo para segurar os sapatos de seda; o sétimo traz a escova para limpar o fato de pêlos; o oitavo, um pano para enxaguar o suor da besta enquanto o amo ouve missa ou conversa com algum amigo; o nono apresenta-lhe o pente, se tem de ir cumprimentar alguém de importância, não fosse ele aparecer com a cabeleira por pentear".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Estilo Manuelino


O Estilo Manuelino por vezes é chamado gótico ou flamejante, é um estilo arquitectónico escultórico e de arte móvel que se desenvolveu no reinado de D.Manuel I e prosseguiu após a sua morte. O Estilo desenvolveu-se numa época propícia da economia portuguesa e deixou marcas em todo o território nacional.

ARQUITECTURA MANUELINA



No seu conjunto, pouco muda relativamente á estrutura formal do gótico alemão e plateresco.O alçado interior das igrejas mantém-se através da orientação este-oeste, da planta, dos sistemas de suporte e cobertura, do cálculo das proporções.
As naves da mesma altura, influência das igrejas -salão alemãs, de cinco tramos, ausência de transepto e cabeceiras rectangulares são as principais características diferenciais. Apesar de ser essencialmente ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de determinadas fórmulas técnicas da altura, como as abóbadas com nervuras polinervadas a partir de mísulas.

PINTURA

Ao contrário da arquitectura e da escultura, a pintura renascentista surge em Portugal ainda no século XV. Nos meados desse século, a pintura portuguesa recebeu importantes influências da pintura flamenga, sobretudo devido ás estreitas relações económicas e políticas que Portugal mantinha com Flandres. Os painéis S.Vicente de fora atribuídos a Nuno Gonçalves, são a obra máxima da pintura portuguesa do séc:XV.
No séc:XVI destacaram-se Vasco Fernandes, também conhecido por Grão Vasco, Gregório Lopes e Francisco Henriques.