quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A Crise Religiosa: A Reforma Protestante


A Crise Religiosa: A Reforma Protestante
Até ao século XVI, a Igreja Católica dominava por completo a sociedade europeia. Muitos membros do alto clero viviam no luxo e na opulência em contraste com o ideal de pobreza pregado por algumas ordens religiosas. A corrupção e a imoralidade eram frequentes entre os clérigos . Alguns humanista cristãos, como Erasmo de Roterdão, apelaram para uma profunda reforma da Igreja, que moralizasse a vida eclesiástica e reconduzisse o Cristianismo à sua pureza original. No entanto, os papas não se mostravam dispostos a aceitar as críticas.A rebelião de Martinho Lutero Em 1513, o papa Leão X enviou pregadores a muitos lugares, pedindo aos fiéis que contribuíssem com o dinheiro para as obras da Basílica de S. Pedro. Em troca dessa esmola, o Papa concedia-lhe uma bula de indulgências, isto é, um documento em que declarava o perdão das almas do purgatório em favor de quem fosse dada a esmola.Em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão, tomou uma posição pública contra a doutrina em que se baseavam as indulgências, numa proclamação conhecida como as Noventa e Cinco Teses. Acabaria por ser excomungado pelo Papa e só a protecção de alguns príncipes alemães impediu que fosse condenado à morte na fogueira.O reformismo protestante Mais tarde, Lutero estendeu as suas críticas à doutrina da Igreja Católica. Esta ensinava que o Homem só poderia alcançar a salvação eterna através da prática de boas obras e da mediação do clero. Para Lutero, no entanto, o fundamental era a fé .O homem salvava-se se tivesse fé, isto é, se acreditasse em Cristo e na sua palavra. Para isso, Lutero traduziu a Bíblia para alemão, de forma que cada crente a pudesse ler e interpretar livremente, sem precisar de ter o clero como intermediário.O culto devia limitar-se à leitura da Bíblia e ao cântico de hinos. Lutero reduziu os sacramentos, mantendo apenas o baptismo e a comunhão e aboliu o culto dos santos e da Virgem Maria. Defendeu a extinção das ordens monásticas, do celibato eclesiástico e estabeleceu que a igreja não deveria possuir propriedades. Isto levou muitos príncipes alemães a apoiar o luteranismo, seduzidos pela possibilidade de se apropriarem dos bens da Igreja Católica.As ideias reformistas de Martinho Lutero deram início à Reforma Protestante.










Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo,o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio.Ao teocentrismo medieval sucedia uma nova visão antropocêntrica.
Na Grécia e na Roma antigas,os artistas e os pensadores tinham já centrado o seu interesse no conhecimento do homem.Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa a partir dos finais da idade média,ao mesmo tempo que se intensificavam a atracção pela cultura clássica (ou a cultura greco-romana).
E a este renascer da cultura clássica,sobretudo nos séculos XV e XVI,que explica a designação do Renascimento.


A Itália,berço da humanidade

O Renascimento foi um vasto movimento de renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade. Começou na Itália e difundiu-se, depois, progressivamente, por toda a Europa.Mas porquê na Itália?
Porque a Itália reunia, no séc XV, condições que favoreceram o desenvolvimento cultural:
.Muitas cidades Italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando os escritores e os artistas.
.A Itália era constituída por vários pequenos estados. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres.
.Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais estudavam e, muitas vezes, reeditavam.

A difusão do Renascimento

A partir da Itália,o movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa,sobretudo ás ricas cidades da Flandres,á Inglaterra,á França,á Alemanha e á Espanha.
Em Portugal,foram as condições económicas resultantes da expansão,em especial nos reinados de D.Manuel I e de D.João III,que permitiriam que o país acompanhasse a Europa nesse movimento de renovação cultural.

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