quarta-feira, 3 de junho de 2009

Mercantilismo em Portugal

Para fazer face a dificuldades económicas, também Portugal adoptou a política mercantilista. No séc: XVII, o conde da Ericeira tentou proteger a economia Portuguesa. Criou leis que proibiam a importação de artigos de luxo - as pragmáticas. Formentou a produção de bens até aí importados.
Em finais do século XVII, Portugal beneficiou da conjuntura política europeia. Os seus mais directos concorrentes comerciais (Inglaterra, Holanda etc) entraram em lutas políticas.
Reavivaram-se as exportações de tabaco e de açucar brasileiros, de sal e vinho.

Mercantilismo na França

A política económica mercantilista desenvolveu-se na Europa e apoiou-se no Absolutismo. Caracterizou-se pela interferência do Estado na economia, na acumulação de metais preciosos, na balança comercial favorável e na exploração colonial. A riquesa de uma nação era entendida como o produto da capacidade de acumular ouro e prata. Os países que não tinham acesso directo ás minas procuravam aumentar as exportações e diminuir as importações.
Para tal os governos utilizavam taxas alfandegárias, controlavam a produção interna e promoviam o comércio.
A França destacou-se na aplicação destas medidas e ficaram célebres as políticas de dois ministros: Richelieu e Colbert.
Relativamente a França, a política mercantilista deu os seua frutos: os produtos franceses adquiriram fama de qualidade e obtiveram mercado em vários países. Contudo, grande parte da riqueza acumulada foi desperdiçada em despesas da Corte, da administração e das guerras.

O poder absoluto

O absolutismo foi uma política régia utilizada na Europa entre os séculos XVI e XVIII e que teve em França o melhor exemplo, desde a sua consolidação no reinado de Luís XIV (1610-1643).
O cardeal Richelieu, seu ministro, adoptou umja política que tinha por objectivo reduzir a autoridade dos nobres e acabar com as limitações da autoridade do rei. A nobreza francesa adptou-se ao centralismo do poder devido aos seus privilégios, isenção de impostos e prioridade na ocupaçãode cargos no exército e na administração.
O Estado sustentava as despesas elevadas da manutenção da corte, da guerra e do exército com o aumento de impostos que recaíam sobre os camponeses, artesãos e pequenos comerciantes.
O Estado absolutista judificava a centralização do poder na teoria da "monarquia de direito divino", segundo a qual o rei era o representante de Deus da terra e somente a Deus prestaria contas.
O Absolutismo francês atingiu o auge com Luís XIV (1643-1715), que se denominou Rei-Sol e a quem é atribuida a frase "O ESTADO SOU EU".
Em Portugal, o auge do Absolutismo atingiu-se com D.João V, que imitou o congénere francês Lui XIV.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Uma sociedade divididas em ordens

A sociedade do antigo regime era uma sociedade fortemente estratificada e hierarquizada.
A nobreza e o clero eram ordens priviligiadas, isto é, gozavam de grandes privilégios. O clero não pagava impostos, recebia a dízima e dispunha de tribunal próprio. A nobreza estava isenta de impostos e só ela tinha acesso aos cargos supreriores da corte, do exército e da igreja.
O treceiro estado, a grande maioria da população, abrangia grupos muito diversos: a burguesia ( comerciantes, homens letrados, que, por vezes atingiam um alto nível de riqueza ou de cultura), artesãos, camponeses, servisais, etc.
Nesta sociedade existia fraca mobilidade. Ser nobre ou plebeu era uma condição herdada por nascimento e que, em príncipio, se mantinha por toda a vida. Na verdade, só alguns burgueses ascendiam á nobreza, atravéz do exercício de altos cargos: constituíam a nobreza de toga.

Antigo regime

Nos séculos XVII e XVIII, vigorava em muitos países da Europaincluindo Portugal, um regime económico, social e político a que se deu o nome de Antigo regime. Caracterizava-se por uma economia baseada na agricultura e nos tráfegos comerciais, por uma sociedade fortemente estratificada, em que dominavam os grupos priveligiados, e pelo poder absoluto do rei.

O peso da agricultura na economia

Nesta época, a maior parte da população vivia da agricultura. Quase todas as terras estavam ainda sujeitas ao regime senhorial, tendo os camponeses de pagar pesadas taxas e obrigações aos senhores e porque continuavam a usar técnicas de cultivo pouco produtivas.
De resto até aos meados do séc: XVIII, as fomes e as pestes eram frequentes, o que provocava uma grande mortalidade, limitando o crescimento demográfico .
Existia muitas cidades um intenso dinamismo económico devido á expansão do grande comércio.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A restauração da independência Portuguesa

Apesar da prosperidade do comércio atlântico, os Portugueses começaram a sentir os efeitos da crise que afectava a Espanha. Com efeito, além dos ataques marítimos e coloniais, os Espanhóis estavam envolvidos na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) contra vários países Europeus.
Os inimigos da Espanha tornaram-se inimigos de Portugal. As possessões do Oriente iam caindo em poder de Ingleses e Holandeses. A ameaça de perder o controlo do tráfego açucareiro alarmou a burguesia Portuguesa. O seu descontentamento veio somar-se á revolta do povo, que não suportava o agravamento dos impostos. Em 1637, estalaram em Évora violentos motins - a chamada revolta do Manuelinho - que logo se propagaram por muitas cidades.
A nobreza não estava descontente. Via com receio não só o desmoronar do Império como o autoritarismo do conde - duque Olivares, ministro de Filipe IV de Espanha.
A notícia de que Portugal iria ser transformado numa província de Espanha e a ordem de mobilização de muitos nobres para irem combater na Catalunha constituíram os rastilhos da revolta.


A revolução de 1640

No dia 1º de Dezembro de 1640, um grupo de nobres tomou o poder em Lisboa e fez aclamar rei de Portugal o duque de Bragança, com o título de D. João IV, restaurando a independência e a monarquia Portuguesas.
A restauração surgiu num momento favorável a Portugal - o auge da guerra dos trinta anos. Foi possível obter o apoio dos inimigos da Espanha: a França e a Inglaterra (embora Portugal tivesse de ceder a este país Bombaim e Tânger). Assim se reorganizou o exército e a defesa, e o que permitiu fazer frente ás tentativas de invasão dos Espanhóis e vencê-los em importantes batalhas, como Linhas de Elvas Ameixial e Montes Claros. A Paz só seria assinalada em 1668.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O império Português em crise

Os portugueses depararam com grandes dificuldades para manter o império e o comércio do Oriente.
Os seus territórios, muito vastos e diversos, estavam constantemente sujeitos aos ataques dos muçulmanos e de outros povos. As viagens pela rota do cabo, devido aos naufrágios frequentes e aos ataques dos corsários, custavam enormes perdas em vidas, navios e mercadorias.
Na segunda metade do séc: XVI, a situação agravou-se.
As rotas do levante voltaram a animar-se e através delas chegavam á Europa toneladas de especiarias que faziam concorrência ás que eram trazidas pelos Portugueses. Por outro lado, Franceses, Ingleses e Holandeses disputavam o monopólio dos mares dos países ibéricos, redobrando os seus ataques contra os territórios portugueses e, em especial, contra os navios provenientes da Índia.
O comércio da rota do Cabo entrou assim numa grave crise.
Cada vez mais aumentavam os custos com a defesa do Ímpério e a reanimação do tráfego do Oriente, o monarca resolveu abri-lo, em 1570, aos particulares. No entanto, esta medida não travou a sua contínua decadência.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Armada Invencível

Sonhando conquistar a Inglaterra, Filipe II organizou uma poderosa armada,que muitos julgavam invencível. Efectivamente,a frota que largou do Porto de Lisboa,em Maio de 1588,era constituída por cerca de 150 navios-um número impressionante para a época-,dos quais perto de 40 eram Portugueses.
Contra a armada espanhola, os Ingleses reuniram uma frota menor,mas composta em grande parte por navios de corso,munidos de forte artilharia. Levando a bordo cerca de 27 mil homens,os Espanhóis esperavam vencer numa luta de abordagem.Em vez disso, foram desbaratados á distância pelo bombardeamento inimigo.Tiveram de rumar para norte e contornar a Inglaterra,perdendo grande número de navios devido ás tempestades. Regressaram a Espanha somente umas 80 embarcações.
Fonte: História 8, Lisboa editora

Corsários e Piratas


Um dos perigos mais terríveis que espreitavam as naus da carreira da Índia, nas viagens de regresso, eram os ataques dos corsários.

Corsários...ou Piratas a distinção nem sempre é bem clara. De um modo geral, os Piratas eram aventureiros que assaltavam, por conta própria, quaisquer navios no alto mar, enquanto os corsários, protegidos pelas autoridades do seu país ou a mando dos reis, apenas atacavam navios de paises inimigos.

No séc:XVI, o corso era exercido por Franceses,Ingleses e Holandeses, sobretudo no Atlântico, contra os navios das "carreiras das Índias" (a Portuguesa, vinda do Oriente e a Espanhola, provenientes das chamadas Índias ocidentais, isto é, a América).

O que os corsários pretendiam era apresar as mercadorias e os próprios navios, mas agiam, quase sempre, sem dó nem piedade para com os viajantes e as tripulações inimigas.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A Viragem Atlântica

Apesar da forte concorrência dos países do norte da Europa,Portugal continuou a ser no século XVII,uma importante potência colonial.
Á medida que se fora agravando a crise do comércio do Oriente,os Portugueses tinham-se voltado sobretudo para a exploração dos seus territórios atlânticos,São Tomé e o Brasil.
Esta viragem atlântica veio a dar origem,nas primeiras décadas do século XVII,a um novo período de prosperidade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os Impérios ibéricos na 2ª metade do séc:XVI

O apogeu do império Espanhol


Em contraste com a situação de Portugal,a Espanha tornou-se,na segunda metade do séc:XVI,a maior potência Europeia.
O rei Filipe II sobira ao trono de Espanha em 1556,herdando simultaneamente
outros importantes territórios Europeus(os Países Baixos,o reino de Nápoles),
a que juntaria,em 1580.
Passou, assim,a dominar um imenso império marítimo colonial.Somando aos territórios da América Espanhola as prossessões ultramarinas portuguesas,Filipe II podia,de facto,dizer que o sol nunca se punha nos seus domínios.A Espanha não só controlava todas as rotas do comércio colonial como recebia das minas da América quantidades fabulosas de metais preciosos,sobretudo prata.
Toda esta riqueza se reflectiu no brilho das artes, no fausto da corte e no poderio militar.O sec:XVI foi el siglo de oro da Espanha.
No auge do poder, filipe II tentou impor, na Europa, a hegemonia espanhola e a supremacia do catolicismo.
Não conseguiu, porém, evitar a independência dos Países Baixos, nem dominar, como pretendia, a Inglaterra.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Origens do Renascimento

Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo,o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio.Ao teocentrismo medieval sucedia uma nova visão antropocêntrica.Na Grécia e na Roma antigas,os artistas e os pensadores tinham já centrado o seu interesse no conhecimento do homem.Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa a partir dos finais da idade média,ao mesmo tempo que se intensificavam a atracção pela cultura clássica (ou a cultura greco-romana).E a este renascer da cultura clássica,sobretudo nos séculos XV e XVI,que explica a designação do Renascimento.A Itália,berço da humanidade O Renascimento foi um vasto movimento de renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade. Começou na Itália e difundiu-se, depois, progressivamente, por toda a Europa.Mas porquê na Itália?Porque a Itália reunia, no séc XV, condições que favoreceram o desenvolvimento cultural:.Muitas cidades Italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando os escritores e os artistas..A Itália era constituída por vários pequenos estados. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres..Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais estudavam e, muitas vezes, reeditavam.A difusão do Renascimento A partir da Itália,o movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa,sobretudo ás ricas cidades da Flandres,á Inglaterra,á França,á Alemanha e á Espanha.Em Portugal,foram as condições económicas resultantes da expansão,em especial nos reinados de D.Manuel I e de D.João III,que permitiriam que o país acompanhasse a Europa nesse movimento de renovação cultural.

A Crise Religiosa: A Reforma Protestante


A Crise Religiosa: A Reforma Protestante
Até ao século XVI, a Igreja Católica dominava por completo a sociedade europeia. Muitos membros do alto clero viviam no luxo e na opulência em contraste com o ideal de pobreza pregado por algumas ordens religiosas. A corrupção e a imoralidade eram frequentes entre os clérigos . Alguns humanista cristãos, como Erasmo de Roterdão, apelaram para uma profunda reforma da Igreja, que moralizasse a vida eclesiástica e reconduzisse o Cristianismo à sua pureza original. No entanto, os papas não se mostravam dispostos a aceitar as críticas.A rebelião de Martinho Lutero Em 1513, o papa Leão X enviou pregadores a muitos lugares, pedindo aos fiéis que contribuíssem com o dinheiro para as obras da Basílica de S. Pedro. Em troca dessa esmola, o Papa concedia-lhe uma bula de indulgências, isto é, um documento em que declarava o perdão das almas do purgatório em favor de quem fosse dada a esmola.Em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão, tomou uma posição pública contra a doutrina em que se baseavam as indulgências, numa proclamação conhecida como as Noventa e Cinco Teses. Acabaria por ser excomungado pelo Papa e só a protecção de alguns príncipes alemães impediu que fosse condenado à morte na fogueira.O reformismo protestante Mais tarde, Lutero estendeu as suas críticas à doutrina da Igreja Católica. Esta ensinava que o Homem só poderia alcançar a salvação eterna através da prática de boas obras e da mediação do clero. Para Lutero, no entanto, o fundamental era a fé .O homem salvava-se se tivesse fé, isto é, se acreditasse em Cristo e na sua palavra. Para isso, Lutero traduziu a Bíblia para alemão, de forma que cada crente a pudesse ler e interpretar livremente, sem precisar de ter o clero como intermediário.O culto devia limitar-se à leitura da Bíblia e ao cântico de hinos. Lutero reduziu os sacramentos, mantendo apenas o baptismo e a comunhão e aboliu o culto dos santos e da Virgem Maria. Defendeu a extinção das ordens monásticas, do celibato eclesiástico e estabeleceu que a igreja não deveria possuir propriedades. Isto levou muitos príncipes alemães a apoiar o luteranismo, seduzidos pela possibilidade de se apropriarem dos bens da Igreja Católica.As ideias reformistas de Martinho Lutero deram início à Reforma Protestante.










Ao mesmo tempo que descobria um mundo novo,o homem europeu procurava descobrir-se a si próprio.Ao teocentrismo medieval sucedia uma nova visão antropocêntrica.
Na Grécia e na Roma antigas,os artistas e os pensadores tinham já centrado o seu interesse no conhecimento do homem.Este interesse pelo ser humano ressurgiu na Europa a partir dos finais da idade média,ao mesmo tempo que se intensificavam a atracção pela cultura clássica (ou a cultura greco-romana).
E a este renascer da cultura clássica,sobretudo nos séculos XV e XVI,que explica a designação do Renascimento.


A Itália,berço da humanidade

O Renascimento foi um vasto movimento de renovação intelectual e artística e de transformação da mentalidade. Começou na Itália e difundiu-se, depois, progressivamente, por toda a Europa.Mas porquê na Itália?
Porque a Itália reunia, no séc XV, condições que favoreceram o desenvolvimento cultural:
.Muitas cidades Italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando os escritores e os artistas.
.A Itália era constituída por vários pequenos estados. Entre eles estabeleceu-se uma verdadeira rivalidade: todos pretendiam ter os mais belos palácios e igrejas, os artistas e os pensadores mais célebres.
.Abundavam na Itália os vestígios da arte greco-romana, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais estudavam e, muitas vezes, reeditavam.

A difusão do Renascimento

A partir da Itália,o movimento renascentista estendeu-se ao resto da Europa,sobretudo ás ricas cidades da Flandres,á Inglaterra,á França,á Alemanha e á Espanha.
Em Portugal,foram as condições económicas resultantes da expansão,em especial nos reinados de D.Manuel I e de D.João III,que permitiriam que o país acompanhasse a Europa nesse movimento de renovação cultural.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O apogeu e consequências da expansão portuguesa


O apogeu e consequências da expansão portuguesa Damião de Góis viveu no período de apogeu da expansão portuguesa. Foi, de facto, durante os primeiros anos do reinado de D.João III que o império ultramarino português atingiu a sue máxima extensão: desde o Brasil, cuja colonização já se iniciara, passando por Marrocos e por África, onde os contactos com o reino do Gongo prosseguiam a bom ritmo e permitiam até um primeiro embrião de cristandade local, até à Índia, para onde a coroa ainda canalizava a maior parte dos seus recursos. Aqui os portugueses já haviam atingido as Molucas e posteriormente o Japão.
As consequências de tal amplitude geográfica, onde os portugueses dispersavam os seus recursos, não deixaram de se fazer sentir. Vários relembravam que Portugal permanecia um país pequeno e empobrecido, apesar das imensas riquezas que aqui afluíam.
Uma das consequências negativas era a tendência para o luxo desmedido, a ostentação e a ociosidade, visível sobretudo em Lisboa, que causava o espanto e admiração de muitos, mas eram motivo de pessimismo por parte dos mais lúcidos e avisados. Um dos aspectos mais visíveis desse luxo era o número exagerado de escravos que todos tentavam possuir, muito para além das necessidades de cada um.
Um humanista flamengo Clenardo, que foi amigo pessoal de Damião de Góis, escreveu acerca deste assunto: " Não falta que fazer cada um (escravo) , embora todos levam uma vida regalada; dois caminho adiante; o terceiro leva o chapéu; o quarto, o capote (...); o quinto pega na rédea da cavalgadura; o sexto vai ao estribo para segurar os sapatos de seda; o sétimo traz a escova para limpar o fato de pêlos; o oitavo, um pano para enxaguar o suor da besta enquanto o amo ouve missa ou conversa com algum amigo; o nono apresenta-lhe o pente, se tem de ir cumprimentar alguém de importância, não fosse ele aparecer com a cabeleira por pentear".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Estilo Manuelino


O Estilo Manuelino por vezes é chamado gótico ou flamejante, é um estilo arquitectónico escultórico e de arte móvel que se desenvolveu no reinado de D.Manuel I e prosseguiu após a sua morte. O Estilo desenvolveu-se numa época propícia da economia portuguesa e deixou marcas em todo o território nacional.

ARQUITECTURA MANUELINA



No seu conjunto, pouco muda relativamente á estrutura formal do gótico alemão e plateresco.O alçado interior das igrejas mantém-se através da orientação este-oeste, da planta, dos sistemas de suporte e cobertura, do cálculo das proporções.
As naves da mesma altura, influência das igrejas -salão alemãs, de cinco tramos, ausência de transepto e cabeceiras rectangulares são as principais características diferenciais. Apesar de ser essencialmente ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de determinadas fórmulas técnicas da altura, como as abóbadas com nervuras polinervadas a partir de mísulas.

PINTURA

Ao contrário da arquitectura e da escultura, a pintura renascentista surge em Portugal ainda no século XV. Nos meados desse século, a pintura portuguesa recebeu importantes influências da pintura flamenga, sobretudo devido ás estreitas relações económicas e políticas que Portugal mantinha com Flandres. Os painéis S.Vicente de fora atribuídos a Nuno Gonçalves, são a obra máxima da pintura portuguesa do séc:XV.
No séc:XVI destacaram-se Vasco Fernandes, também conhecido por Grão Vasco, Gregório Lopes e Francisco Henriques.